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O embarque da Força Expedicionária Brasileira - FEB

No último dia 2 de julho comemorou-se o 76º aniversário do embarque do 1º Escalão da FEB.


Nesse dia, em 1944, aproximadamente 5000 militares brasileiros partiram rumo aos campos de batalha (“front” italiano) da 2ª Guerra Mundial.

Ao todo foram 5 escalões, entre 2 de julho de 1944 a 8 de fevereiro de 1945, levando aproximadamente 25 mil militares, homens e mulheres, em direção à Itália.

As peculiaridades de se atravessar o Oceano Atlântico em tempos de guerra (viagem que durava em média 15 dias) ficaram registradas nas memórias dos combatentes brasileiros. Tratava-se de uma tarefa muito arriscada, principalmente pela intensa movimentação dos famosos submarinos alemães. A tropa embarcada deveria estar pronta para qualquer emergência. Por isso, os treinamentos eram constantes, conforme os relatos do então 2º Ten José Gomes Barreto, em seu diário de guerra:

“Às 6:30 aproximadamente, houve o primeiro “escurecimento total do navio” que nos obrigou a ficar trancados até a manhã do dia seguinte. Efetivamente todas as medidas de precaução eram tomadas. Pela manhã tivemos já o primeiro exercício de “abandono do navio”, durante o qual todos deveriam se colocar em seus postos, junto aos botes e jangadas respectivas.”

Além dos riscos de um ataque, os combatentes brasileiros também sofreram com as peculiaridades de clima e da alimentação. Para muitos, os problemas da guerra já haviam começado na própria travessia rumo à Itália. Ainda assim, era preciso manter-se firme e animado, pois as coisas tenderiam a piorar:

“Devido ao calor à noite pouco durmo. Procuro durante o dia respirar ar puro, nos conveses superiores para resistir ao enjoo, que vem apresentando eminente. Durante todo o dia muita dor de cabeça. Falta disposição para tudo.[…] A comida não vem de encontro ao meu agrado no que diz respeito ao paladar. É muito adocicada. Os pratos diferem dos da nossa cozinha. Num desses dias tivemos uma feijoada à brasileira. Foi feita, segundo dizem com brincadeiras, por 12 de nossos homens, 11 dos quais estavam encarregados de segurar o cozinheiro americano para não deitar açúcar no feijão.”

- O diário de guerra do Ten Barreto faz parte do acervo do Museu Militar do CMS (Número de Inventário 4031).

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 Crédito das imagens: Página “V de Vitória”

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