O apoio do CMS em operação contra a dengue

Em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre/RS, o Comando Militar do Sul realiza ações contra o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O objetivo é orientar a comunidade, identificar e eliminar criadouros de mosquitos. Cerca de 80 militares participam da atividade, que deverá ocorrer até o fim de março em 43 bairros da capital gaúcha, onde há mais de 300 casos confirmados de dengue.

“O Exército mais uma vez pode utilizar-se da sua mão amiga pra ajudar a população e o município, a fim de erradicar essa doença e diminuir os casos, que aumentaram muito em função da onda de calor e propagação das larvas”, disse o Major Luis Augusto Lopes Júnior, que coordena os militares nas ruas.

A estratégia para a operação, junto a Secretaria Municipal de Saúde, iniciou ainda antes do Carnaval. Os militares passaram por treinamentos e palestras sobre o combate ao mosquito. De acordo com a responsável pela Vigilância em Saúde da Prefeitura da cidade, Patrícia de Souza, Porto Alegre enfrenta uma situação atípica neste início de ano, com o aumento abrupto dos casos de dengue.

“As pessoas viajam, as casas ficam fechadas e a gente tem tido bastante recusa para o atendimento aos agentes de combate de endemias. Então, a presença do Exército junto às nossas equipes, garante mais credibilidade à ação”, destacou Souza.

O 1º Tenente Angelo Dambroz, do 3º Batalhão de Polícia do Exército (3ºBPE), participou de uma das ações, na manhã desta terça-feira (27), no Centro Histórico de Porto Alegre. Para ele, o sentimento é de gratificação. “A interação com os agentes de saúde foi fundamental para que em uma manhã atendêssemos 102 residências. A integração dos agentes de saúde com os militares passou segurança aos moradores, facilitando muito a receptividade”, contou o militar.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Porto Alegre, 141 casos de dengue já foram confirmados este ano. No mesmo período de 2023, foram registrados apenas 16 casos. Até o momento, mais de 500 casas e 14 condomínios já foram visitados pelas equipes, como a residência do Leonardo Silva, técnico de enfermagem.

“O pessoal tem que ter consciência porque os agentes e os militares estão passando pra ajudar e não pra incomodar. Então, creio que é válido pra todos e isso se refere à nossa saúde”, finalizou.

Texto: 2º Ten Nathalia King

Fotos: 1º Sgt Pires / Cb Douglas