Mobilização Militar reúne especialistas em Curitiba
Curitiba (PR) - Foi realizado no Forte do Pinheirinho, nos dias 15 e 16 de outubro, o I Simpósio Regional sobre Logística e Mobilização Militar, demandado pelo Comando da 5ª Região Militar.
Previsto na Constituição Federal, o mecanismo de Mobilização Nacional estabelece um conjunto de atividades planejadas no campo da Defesa, para que o País esteja sempre pronto a realizar ações estratégicas, diante de agressões estrangeiras. Para que isso ocorra de forma ágil e eficaz, é importante que todos os setores envolvidos estejam em constante atualização.“A Mobilização se destina a complementar a logística, em caso de necessidade de emprego das tropas, para fazer face a uma agressão contra o País. Ela se destina a levantar as necessidades em tempo de paz e supridas em caso de guerra”, explicou o General de Brigada Aléssio Oliveira da Silva, Comandante da 5ª Região Militar.A Mobilização Militar
A prontidão logística das Forças Armadas é o que assegura o apoio necessário ao pronto emprego das tropas, para o enfrentamento de uma situação emergencial. Este foi o principal assunto abordado no primeiro dia do evento. Sobre o tema, palestraram o 4° Subchefe do Estado-Maior do Exército – EME, o Diretor de Serviço Militar – DSM, o Chefe do Preparo do COTER, e o representante da Seção de Coordenação de Mobilização Nacional do Ministério da Defesa – MD.Segundo o General Lancia, a Mobilização Militar consiste em prever e prover a complementação das necessidades de recursos para as Operações de Defesa e de Manutenção da Soberania Nacional. “Discutir a questão da mobilização se reveste em um caráter bastante significativo e de uma grande importância, tendo em vista, que é um tema que devemos trabalhar a todo momento, para podermos atingir as capacidades que o Exército necessita, caso seja empregado numa situação real de guerra ou de operações tipo não guerra”, ressaltou o General.Surpreendente participação
Das temáticas abordadas durante o simpósio, destaca-se a importância da participação de agentes e instituições civis, principalmente na obtenção dos recursos logísticos e meios necessários às Forças Armadas, levando em consideração o conceito da tríplice hélice – abordagem que considera a participação de universidades, empresas e o governo, como promotores da inovação. Para o Coordenador do Sistema de Defesa da Indústria Acadêmica (SISDIA), “o simpósio vem ao encontro de uma estratégia que o Exército está adotando ao criar os escritórios do SISDIA, que busca justamente aplicar o conceito da tríplice hélice”.O encontro teve como missão mobilizar e aproximar a base industrial, a área acadêmica e a Defesa, em busca de projetos comuns. “A ideia da nossa participação no simpósio é tentar apoiar essa sinergia maior entre a Defesa e a indústria. Nós temos uma base de informações muito rica com relação à indústria de modo geral, assim como todos os estabelecimentos formais do Brasil, como hospitais, comércios e serviços. Estas informações podem ajudar às Forças Armadas a levantar as principais instituições e organizações que precisam participar dessa mobilização”, Explicou Ruthes.O Público
O Simpósio, reuniu representantes das Forças Armadas Brasileiras, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, das Autarquias e entidades civis, destacou-se por ter possibilitado um intercâmbio entre diferentes agentes da sociedade. “A Defesa Nacional é algo que preocupa os militares, mas também a sociedade civil. Então, o que esperamos é que haja essa integração e a preocupação com o desenvolvimento e a segurança. Ambos os aspectos estão em paralelo, alinhados para que a nossa Nação possa cada vez mais progredir e ser respeitada diante do cenário mundial”, ressaltou o Coronel da Força Aérea Brasileira, Antônio Celente Videira, coordenador do Curso de Logística e Mobilização, da Escola Superior de Guerra (ESG).
Fotos: Divulgação/5ª RM
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