Desfile celebra os 202 anos de Independência do Brasil, em POA
A Orla do Guaíba, em Porto Alegre/RS, ficou tomada por brasileiros que foram demonstrar o seu orgulho e amor à Pátria neste 7 de setembro. Em 2024, comemoram-se os 202 anos de Independência do Brasil.
Depois de um ano sem o tradicional desfile cívico-militar, devido a enchente que no ano passado desencadeou a Operação Taquari, a celebração retornou também em forma de homenagem. Um agradecimento especial a todos que atuaram nos resgates e na reconstrução do Rio Grande do Sul, que sofreu com as cheias em maio e junho deste ano.
“No ano passado, em função das chuvas no mês de setembro, nós não tivemos a oportunidade de celebrar o dia da nossa Pátria. Neste ano, num esforço de recuperação, estamos muito felizes em retomar o desfile, não só na Capital, mas em todo o Estado, o que demonstra a nossa retomada da normalidade. Gostaria de cumprimentar todos os brasileiros pela data de hoje. Não tenho dúvida que foi uma cerimônia muito bonita”, destacou o Comandante Militar do Sul, General de Exército Hertz Pires do Nascimento.
DESFILE
Antes do início do desfile, o General Hertz – mais alta autoridade presente – passou as tropas em revista, acompanhado do vice-governador do Estado, Gabriel Souza. Uma salva de gala com 17 tiros de canhão marcou as honras militares.
Pontualmente às 10h, o desfile foi aberto com as bandas de música do 19º Batalhão de Infantaria Motorizado e do 3º Batalhão de Polícia do Exército. Na sequência, passaram pela avenida, militares carregando bandeiras históricas e as insígnias de organizações militares do CMS. Os ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira, Capitão Elmo Diniz e o Tenente Oudinot Viladino, também desfilaram. Assim como integrantes da Associação dos Veteranos do Batalhão de Suez, do Instituto Boina Azul, veteranos de diversas organizações militares e membros da Liga da Defesa Nacional.
No total, mais de 4,5 mil pessoas, entre militares e civis, desfilaram na Avenida Edvaldo Pereira Paiva. Nas águas do Guaíba, embarcações, e, no céu da capital gaúcha, helicópteros, também prestaram a sua homenagem ao Brasil.
Operação Taquari 2
Aproximadamente mil militares da Força Terrestre participaram do desfile de 7 de setembro em Porto Alegre. No total, 200 viaturas mecanizadas e blindadas e 100 cavalos abrilhantaram a festa da Pátria. Destaque para meios e equipamentos de Engenharia e Logística utilizados na Operação Taquari 2. Entre os animais, destaque para a cadela “Taquari”, resgatada na enchente e adotada pelo 3º Regimento de Cavalaria de Guarda.
A Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira também marcaram presença no desfile com tropas e viaturas. Assim como integrantes da Brigada Militar, Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias, entre outros.
Desfile motorizado
Esperado com grande expectativa pelo público, o desfile motorizado levou à avenida diversos veículos militares, incluindo 15 carros de combate e viaturas, que foram e algumas ainda são, utilizadas em apoio a população gaúcha na Operação Taquari 2. Dois exemplos são: o blindado anfíbio Guarani, empregado em resgates e distribuição de mantimentos, e a Portada Ribbon, que é uma Ponte Dobrável Flutuante.
Pelos céus, chamaram a atenção do público os helicópteros da Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Rodoviária Federal. Nas águas do Guaíba, estavam embarcações da Marinha, como o navio patrulha Benevente.
O desfile foi encerrado pelo destacamento hipomóvel do 3º RCG, Regimento Osorio, e pelo 4º Regimento de Polícia Montada da Brigada Militar.
Chama da Pátria
Antes da Chama da Pátria ser extinta, uma centelha foi retirada da Pira e entregue aos tradicionalistas gaúchos, transformando-se em Chama Crioula, dando início à Semana Farroupilha, que culmina no dia 20 de setembro.
Público
Depois de um ano sem desfile, o público aguardava ansioso para ver as tropas militares na parada de 7 de Setembro. Famílias compareceram à Orla do Guaíba, nesse sábado de 7 de setembro de 2024, vestindo o verde e o amarelo e portando bandeiras do Brasil. Esse foi o caso do pintor Emerson Sampaio, que levou os cinco netos para acompanhar o desfile. “Sempre que eu posso eu trago eles. Acho importante. Em primeiro lugar, a Pátria”, explica Sampaio.
O neto Pietro Estivalete, de 12 anos, estava eufórico: "É o primeiro que eu venho. Está muito legal, estou gostando. Queria ver os tanques, gosto dos tanques de guerra", explicou.
Quem também levou a família foi o arquiteto Fábio Sibemberg, que foi com a esposa Fernanda e com o filho Pedro, de 4 anos. Eles contam que sempre se fazem presentes nos desfiles.“A gente vem todo o ano, só não viemos quando não tem mesmo. Estamos aqui para apoiar”, concluiu Sibemberg.
Texto: 2º Ten Curcino
Fotos: 1º Sgt Pires
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